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Pará vive a expectativa da descoberta de petróleo

O Ministério de Minas e Energia poderá confirmar, nos próximos dias, a descoberta de depósitos comerciais de petróleo e gás no litoral paraense. Até maio, a Petrobras deverá concluir o trabalho de perfuração do poço exploratório Harpia, cuja abertura iniciou-se em janeiro passado, em lâmina d’água de 2.060 metros. Localizado a 222 km do município de Viseu, em águas profundas, o poço tem profundidade final prevista de 5.880 metros. Atualmente, ele está com cerca de 3.400 metros.

Na eventualidade de fazer qualquer descoberta durante o trabalho de perfuração, a Petrobras tem a obrigação legal de comunicar formalmente a ocorrência à Agência Nacional de Petróleo (ANP) no prazo de 72 horas. A divulgação, quando for o caso, compete ao governo federal, por intermédio da própria ANP ou do Ministério de Minas e Energia. A existência de hidrocarbonetos na costa paraense já foi revelada em estudos que datam da década de 1970. O que se tenta agora é dimensionar as reservas, com o emprego de novos recursos tecnológicos que fizeram da Petrobras uma das líderes do mercado mundial do setor e, com isso, determinar se é ou não viável economicamente o investimento na produção.

Num encontro com a imprensa, realizado ontem pela manhã no Crowne Plaza, o gerente geral de avaliação e interpretação das bacias da margem equatorial da Petrobras, Otaviano da Cruz Pessoa Neto, não anunciou qualquer descoberta – e nem poderia fazê-lo, ainda que descoberta houvesse. Suas palavras, porém, foram de franco otimismo e confiança ao falar sobre as perspectivas quanto à possível existência de petróleo e gás na região. Otaviano Neto é o responsável, na Petrobras, pelas pesquisas em águas profundas na plataforma continental brasileira ao longo do trecho que vai do extremo norte do Amapá até o Rio Grande do Norte.

POÇO

No mesmo bloco, o BM-PAMA-3, na bacia Pará/Maranhão, e muito próximo do primeiro, a Petrobras já programou a perfuração de um segundo poço exploratório, o Gavião, localizado a 216 km de Bragança. Também neste caso, a atividade terá a duração de aproximadamente quatro meses. A base de apoio terrestre às equipes de campo da Petrobras é o terminal marítimo do Tapanã, em Belém.

O transporte de pessoal entre a sonda submersível responsável pela operação no mar e a base terrestre é feito em voo diário por um helicóptero com capacidade para 16 pessoas.

Desde 2002, quando voltou a fazer estudos exploratórios na área, conforme revelou ontem Otaviano Neto, a Petrobras investiu na bacia Pará/Maranhão R$ 114 milhões, além de R$ 40 milhões aplicados somente em 2010. Em 2011, o investimento previsto é de R$ 90 milhões. Em outro bloco, o BM-PAMA-8, situado em águas ultraprofundas, a empresa investiu cerca de R$ 60 milhões até 2010, fazendo na área o levantamento de 2.220 quilômetros quadrados de sísmica 3D. Dando continuidade à avaliação exploratória da área, está prevista a perfuração de pelo menos um poço exploratório até 2012.

BLOCOS

Até 2015, além dos já citados, a Petrobras vai atuar também na exploração de outros quatro blocos na bacia Pará/Maranhão, os PAMAs 9, 10, 11 e 12. Situadas em águas rasas, essas áreas são operadas pela Petrobras com participação de 40%, em parceria com a colombiana Ecopetrol e a mineradora Vale como consorciadas, cada uma com participação de 30%.

De acordo com Otaviano Neto, esse consórcio acaba de concluir a aquisição e processamento de 967 quilômetros quadrados de sísmica 3D, que se encontra em fase de mapeamento. A avaliação desses dados está prevista para o segundo semestre deste ano e vai subsidiar a decisão de perfurar ou não novos poços exploratórios, o que poderá acontecer até o final de 2014.

Perspectivas para o Estado do Pará são otimistas

A Petrobras atua na exploração de hidrocarbonetos na costa do Estado do Pará desde a década de 1970, tendo perfurado, segundo nota distribuída ontem à imprensa, 24 poços em águas rasas da plataforma continental e um poço em águas profundas. As indicações mais significativas de petróleo e gás foram encontradas em 1979, durante a perfuração do nono poço na bacia de Santana, em frente à foz do Amazonas. As perspectivas, sobretudo a partir do nono poço, foram consideradas bastante promissoras.

Após a perfuração e testes em novos poços –chegando ao poço 1-PAS-11–, porém, a área foi considerada subcomercial e abandonada, depois de haver produzido 500 mil barris de óleo de boa qualidade, conforme admitiu ontem Otaviano Neto. Ele acrescentou que, na época, a Petrobras utilizou o mesmo modelo de produção adotado na bacia de Campos, no litoral do Sudeste do Brasil. Agora, empregando nova tecnologia, a empresa vai retomar as atividades de exploração da área.

Coube ao então ministro de Minas e Energia, Sheaki Ueki, na época, fazer o anúncio da descoberta que dois anos depois seria abandonada. Mas ele não foi o único. Em 1987, o então presidente José Sarney anunciou a descoberta de um lençol gigante de petróleo no município de Breves, na ilha do Marajó. Hoje se sabe que o presidente foi induzido a erro por uma informação equivocada de uma empresa americana que na época fazia pesquisas na região. De qualquer forma, a Petrobras tem interesse em retomar as atividades de exploração em terra, caso a ANP venha a incluir as bacias sedimentares do continente em seu próximo leilão.

INDÍCIOS

Além das descobertas passadas, há também indícios presentes que avalizam uma perspectiva otimista quanto à descoberta de petróleo e gás na costa do Pará. Um deles foi a conferência de imprensa realiza ontem pela Petrobras, a primeira feita até hoje pela empresa, que sempre manteve com a imprensa local uma relação de certa forma fria e distante.

Sugestivo pode também ser considerado o fato de ter a empresa deslocado para Belém o seu principal executivo em exploração de águas profundas em toda a Região Norte e boa parte do Nordeste do Brasil.

Outro indicador positivo é a negociação em curso para atrair a Sinopec, a estatal chinesa do setor de petróleo, para investimentos em parceria com a própria Petrobras no litoral do Pará, onde a empresa já explora o bloco BM-PAMA-3. Otaviano Neto revelou ontem que a estatal chinesa poderá se consorciar com a Petrobras com uma participação de 20%. Dificilmente haveria interesse num negócio desse tipo se já não houvesse evidências fortes da existência de gás e petróleo em volume comercial. O que, se confirmado, aí sim, vai exigir investimentos mais pesados no futuro para a montagem da estrutura de produção.

Fonte: Diário do Pará

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Empresa de Eike Batista descobre mais petróleo em Campos

RIO - A OGX Petróleo e Gás (OGXP3), do empresário Eike Batista, informou hoje que identificou a presença de hidrocarbonetos na seção albiana do poço 3-OGX-36D-RJS, delimitatório da acumulação de Pipeline, descoberta pelo 1-OGX-2A.

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Engenharia de Petróleo e Gás

E aí pessoALL!
Blz?
Bom, como vocês já sabem acabei a pouco tempo a Pós em Engenharia de Segurança do Trabalho (agora também sou Engenheiro de Segurança do Trabalho), estou começando outra pós em Engenharia de Petróleo e Gás.
É uma área em franca expansão e com um déficit enorme de profissionais. Só para terem idéia, para trabalhar aqui estão importando engenheiros americanos, europeus e asiáticos por não termos profissionais suficientes para esta demanda e também pelos que existem não terem uma formação adequada.
Eu tive um primeiro contato com esta área através da Engenharia de Segurança, onde tive vários colegas engenheiros que trabalham na Petrobrás e teceram ótimos comentários sobre a área de Petróleo e Gás.
O vídeo abaixo comprova tudo que eu digo. Um abraço!